Desde a sua estreia em disco, em 2011, os Amor Electro não têm parado de crescer, sendo, hoje, um dos principais projectos da moderna música portuguesa.
Com “Cai o Carmo e a Trindade”, Tiago Pais Dias, Rui Rechena e Ricardo Vasconcelos proporcionam a Marisa Liz, reconhecidamente uma das mais marcantes vozes da actual música portuguesa, o ambiente ideal para exprimir todo o seu talento, graças a uma personalidade única, onde modernidade e tradição, raízes populares e electrónica, colidem para darem origem a um som extremamente original, carregado de carisma, emoção e portugalidade.
Em cerca de dois anos e meio, os Amor Electro afirmam-se como uma força maior da cena músical portuguesa, chegam ao Disco de Platina, coleccionam prémios e distinções e esgotam concertos, uns atrás dos outros, um pouco por todo o país.
Com “(R)EVOLUÇÃO” não se acomodam à sombra de tudo o que conseguiram e, assumindo alguns riscos, exploram territórios onde ainda não se tinham aventurado, acrescentando a energia contrastante do Rock mais progressivo à vincada personalidade da banda, sem que a sua intensidade singular deixe de estar constantemente presente.
Os Amor Electro estão cada vez mais maduros, com a experiência acumulada dos concertos ao vivo a fazer-se sentir na forma solta - mas precisa! - com que materializam as novas ideias musicais de "#4". Um notável conjunto de canções com contributo de todos os elementos e produção de Tiago Pais Dias que serve de trampolim à voz versátil e poderosa da carismática Marisa Liz.
No novo disco voltam a beber no cancioneiro popular, desta vez elegendo “Canção de embalar” de José Afonso para um notável exercício de revisitação, e dão largas à sua costela electrónica, absorvendo estímulos sobretudo na synth-pop dos anos 80 (com as teclas de Ricardo Vasconcelos a tecerem malhas retro-futuristas), mas também no trip-hop seminal da cena de Bristol (lançado nas linhas de baixo encorpadas de Rui Rechena) .
Será caso para dizer com o novo “#4” e com os Amor Electro somos mais fortes, e mais felizes.